Vivemos em um mundo, aonde os avanços tecnológicos vem se evoluindo a uma velocidade constante e essa transformação está levando-nos cidadãos a acompanhar esses avanços, seja para utilizarmos em nosso trabalho profissional, escolar ou mesmo em nossa vida diária. Pois nos é cobrado este novo conhecimento para utilizar estes artefatos tecnológicos, no entanto para utilizá-los, são necessários que tenhamos uma concepção de que devemos acima de tudo fazer uso deles, mas não se limitar ao mero manuseio, mas reter as informações que forem relevantes neste ambiente tecnológico de forma que adquiram uma nova aprendizagem desenvolvendo assim as habilidades e competências necessárias para sermos integrados neste novo mundo. Pois hoje viver sem acompanhar essa evolução das mídias ficou quase impossível em nossa sociedade, visto que elas estão em nossa volta e em nosso dia a dia.
Conforme Pedro Demo (2008), cita, “a tecnologia deve ser utilizada no processo educacional, como forma de inovar a relação entre os alunos/professores, ao abrir espaço para as suas autorias e não somente para cativá-los para as atividades propostas”. Onde a escola sejam capazes de estimular educadores e alunos a serem leitores e autores críticos e cidadãos conscientes do potencial e dos limites das mídias.
Após a leitura realizada do texto de Pedro Demo, Habilidades do Século XXI, vários questionamentos fazem-nos refletir acerca do assunto citado. A internet seria local de autoria, pois o internauta dispõe de uma rede diversa de informações nas quais ele utiliza para suas pesquisas podendo também contribuir com textos, sons e imagens de sua autoria, bem como também intervir em textos ou contribuições de outros, tudo pode ser feito e refeito neste ambiente e cada um pode ser autor ou co-autor da contribuição do outro enquanto pesquisa para estes fins.
No entanto o internauta deve se precaver com as informações contidas na web, pois como estas informações são divulgadas em redes mundiais e é um meio de colaboração e interação de indivíduos, checarem a veracidade dos conteúdos é um dever, bem como os erros ortográficos e a estética do mesmo, pois como foi mencionada anteriormente a internet que é acessível a população, seja ela, a alunos, professores, escola e sociedade em geral, todos nós temos a tarefa de selecionar as informações de qualidade e separar o que merece crédito do que é apenas palpite sem fundamentação ou seja não confiáveis.
A internet é uma ambiente de compartilhamento de idéias e de criar soluções para os problemas atuais e contemporâneo sendo apenas um meio para acelerar os processos de condução e transporte das informações no cotidiano individual das pessoais informatizadas. Pois a socialização destas idéias é algo importante, que nos facilitam a compreensão e a democratização no sistema atual.
No entanto muitas são as pessoas que tem acesso a internet e a utilizam de modo errado, por ser um ambiente rico e diversificado aproveitam para fazer plágio. Pois a falta ou o esquecimento das citações autorais descredenciam os autores, além de trazer riscos à credibilidade da obra criada. Caso isso ocorra, os autores ou pseudo-autores comentem erros. Esses erros são conhecidos nos meios autorais como “plágio”.
Segundo Demo (2008), em seu texto de Habilidade do século XXI. “na prática, há mais apropriação indébita do que criação propriamente dita.” O papel do internauta nesta perspectiva é de fazer com que sua pesquisa seja uma fonte de busca de conhecimento, enriquecimento teórico e nunca de cópia, visto que todos nós temos a capacidade de reconstruir os conhecimentos com autocrítica e elaborar o nosso pensamento de acordo com a nossa realidade. Admitimos a idéia de que devemos partir de algo,mas para que haja conhecimento esse algo deve ser transformado, repensado para adquirir novo significado e ser elaborado.
Mas na realidade o que vem a ser o plágio? Segunda a WIKIPEDIA, (2010) define plágio como: “O ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictória, fotografia, obra audiovisual, etc), contendo partes de uma obra que pertença à outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador se apropria indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma. O plágio é considerado antiético (ou mesmo imoral) em várias culturas, e é qualificado como crime de violação de direito autoral em vários países. Para evitar acusação de plágio quando se utiliza parte de uma obra intelectual na criação de uma nova obra, recomenda-se colocar sempre créditos completos para o autor, seguindo as normas da ABNT, especificamente no caso de trabalhos acadêmicos onde normalmente se utiliza a citação bibliográfica”.
Sabemos que é mais fácil a cultura do copiar e colar, pois na sociedade em que vivemos de imediatismos e falta de tempo é bem mais fácil esta alternativa, no entanto o plágio não leva-nos ao enriquecimento teórico, não nos ensina a pesquisar de forma correta e nunca teremos autonomia de pensamento e é isso que está acontecendo periodicamente nas escolas e até mesmo em faculdades, onde os professores sofrem diariamente com esses fatos. No entanto o papel do professor principalmente do ensino fundamental e médio neste cenário é desafiar os seus alunos a pesquisar de forma correta, auxiliando-os na pesquisa para que estes desenvolvam seu senso critico quanto às informações disponíveis no mundo virtual, orientando-os desta forma a fazer citação de um texto, imagem, até nas pequenas produções de forma que todos assimilem a forma correta de produzir seus textos bem como estes saibam filtrar somente aquilo que realmente lhes é proveitoso e nunca copiar o texto tal e qual está disponível. Isto servirá também para o professor quando estiver fazendo o seu planejamento, buscar sempre inovar em seus métodos para enriquecer o ensino e conseqüentemente a aprendizagem do seu aluno para que este resulte em aproveitamento educacional utilizando as novas tecnologias existentes nas escolas, não sendo resistente frente a estas, procurem novas informações e cursos de aperfeiçoamento, uma vez que o professor desenvolvendo as habilidades de uso das tecnologias os alunos também irão ganhar em conhecimentos e habilidades.
Cabe lembrar que as novas tecnologias não são necessariamente mais relevantes ou mais eficazes do que as mídias tradicionais em qualquer situação de aprendizagem. Mas é preciso também não esquecer, embora estas técnicas ainda não tenham demonstrado toda sua eficácia pedagógica, elas estão cada vez mais presentes na vida cotidiana. Enfim cabe ao professor ser o mediatizador que potencializa ao máximo as possibilidades de aprendizagem autônoma. Claro que os professores devem se preparar para essas mudanças de paradigmas e em conseqüências estarão melhores preparadas e situados no mercado de trabalho e saberão lidar melhor com as novas aplicações e novas tecnologias existente e principalmente nos ambientes de rede colaborativos; pois não se pode, deixar de lado tudo aquilo que está acontecendo no mundo da tecnologia e, principalmente, da Internet. As solicitações da realidade atual exigem uma necessidade de mudança rápida e constante, às quais a escola não pode ficar alheia.
A introdução das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) na escola, e em particular da Internet, respondem por isso a uma necessidade de preparar o indivíduo para uma sociedade em constante transformação, através do desenvolvimento da sua capacidade de auto-aprendizagem, que lhe permita ultrapassar os muros da escola, caminhar sozinho, fazendo face aos constantes desafios da vida.
Os professores não podem estar à espera de receber formação nesta área. De alguma forma, têm de se assumir como produtores de conhecimento na sua profissão, desempenhando um papel relevante na vertente da investigação, para que, em colaboração com colegas e instituições de formação, possam repensar a sua formação, reconduzir a sua prática docente e desenhar caminhos para uma ação não mecânica, mas refletida e fundamentada.
Portanto confirmamos na nossa vida atual, a internet é uma ferramenta de grande importância para a educação, especialmente para fazer com que os professores e alunos desenvolvam as suas habilidades necessárias para o desenvolvimento de atividades. No entanto, cabe aos professores trabalhar os saberes e os pilares pedagógicos, para desenvolver as competências e as habilidades nos alunos, além de fazer com que essa relação professor/aluno estreite a aprendizagem, fazendo com que o conhecimento das novas tecnologias se reflita na sociedade, crie novas idéias e questione o desenvolvimento como forma de facilitar a sua aprendizagem no mundo contemporâneo
